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quarta-feira, 18 de agosto de 2010

PRVI3 - CFO da Providência destaca recomposição de margens e perspectivas para a empresa

Por: Anderson Figo
05/08/10 - 19h00
InfoMoney


SÃO PAULO - O lucro líquido da Providência (PRVI3) atingiu R$ 7,2 milhões no segundo trimestre deste ano, informou a companhia nesta quinta-feira (5). O montante equivale a uma alta de 58,8% em relação ao valor auferido nos três primeiros meses de 2010.

Em entrevista à InfoMoney, o CFO (Chief Finantial Officer) da Providência, Eduardo Feldmann, destacou que o principal indicador do período foi a recomposição de margens.

"Nós tivemos um aumento bastante forte da nossa principal matéria-prima , que é o polipropileno. Nos dois primeiros trimestres do ano o preço do polipropileno aumentou, em média, 35%. Com isso, nós começamos um processo de repasse destes custos (...) e em função desse repasse de custos é que nós conseguimos registrar uma lucratividade melhor agora no segundo trimestre", disse.

O executivo comentou ainda sobre suas estimativas para o preço da matéria-prima: "a notícia boa também é que a gente sente que o preço do polipropileno começa um processo de estabilidade no terceiro trimestre, o que nos indica que este trimestre provavelmente vai ser tão bom quanto o segundo", revelou Feldmann.

Segundo o CFO, o aumento observado no preço do polipropileno ao longo da primeira metade de 2010 deve-se à restrição temporária da oferta de propeno no mercado mundial, bem como do atraso na entrada em operação de novas plantas petroquímicas na Ásia.

Receita e Ebitda maiores
No mesmo sentido que o lucro, o Ebitda (geração operacional de caixa) da companhia também registrou variação positiva entre abril e junho deste ano, com alta de 9,2% frente ao primeiro trimestre de 2010, totalizando R$ 24,9 milhões.

Já a receita líquida da Providência somou R$ 116,3 milhões no trimestre, o que configura um incremento de 22,9% na comparação anual. De acordo com a empresa, o desempenho da receita no período reflete o aumento no volume de vendas, o realinhamento de preços e o efeito do câmbio.

O melhor desempenho operacional da companhia espelhou a melhora no ambiente macroeconômico. "Para você ter uma ideia, o nosso mercado está muito ligado à questão de renda. Quando você tem um aumento na renda da população, os nossos clientes, que estão na ponta do consumo, obviamente gastam mais e, como consequência, nós da Providência ganhamos mais", revelou Feldmann.

O executivo revelou que a produção da Providência segue em ritmo acelerado para acompanhar a forte demanda do mercado. "As nossas duas plantas aqui no Brasil estão trabalhando sete dias da semana, 24 horas por dia. Estamos trabalhando a plena capacidade", destacou Feldmann em entrevista.

Perspectivas
"A expectativa para o segundo semestre de 2010 será manter a plena capacidade de produção, confirmada pelos pedidos já existentes para o terceiro trimestre", disse o presidente da Providência, Hermínio de Freitas, em nota. Freitas falou ainda sobre a fábrica da Providência que está sendo construída nos Estados Unidos, atualmente o principal projeto em andamento da companhia.

"Em julho ocorreu o primeiro dos cinco embarques programados e o início da montagem da máquina está planejado para o mês de agosto. Para essa máquina, aproximadamente 10 mil toneladas de não-tecidos serão entregues a clientes atuais, os quais a companhia exporta do Brasil e outras cinco mil toneladas estão com pedidos pré-acordados para o início de operações da subsidiária", completou o presidente da empresa.

Nova fábrica nos Estados Unidos
A nova fábrica da Providência em território norte-americano deverá elevar a capacidade de produção da companhia em 25%, sendo que o projeto está seguindo dentro do cronograma. De acordo com o CFO da empresa, a nova planta deverá iniciar suas operações no primeiro semestre de 2011.

Feldmann explicou que atualmente as vendas da companhia no Brasil e no exterior estão em níveis praticamente iguais, sendo que a nova fábrica norte-americana deverá beneficiar ambos os mercados. "Boa parte do que era produzido aqui e vendido para lá vai começar a ser produzido diretamente lá. Então, a produção das plantas brasileiras poderá atender a maior demanda no mercado interno", explicou.

Em nota, a companhia destacou que no segundo trimestre deste ano obteve crédito de R$ 16,5 milhões referentes ao financiamento das edificações da planta nos Estados Unidos, parte do programa Recovery Zone Bond, com vencimento em 20 anos.

Mercado promissor
O CFO da Providência avaliou positivamente o cenário no qual as operações da empresa estão inseridas. "Nós temos basicamente três mercados. O nosso principal mercado é o de higiênicos, onde fornecemos matéria-prima para fraldas, absorventes, produtos descartáveis. Esse é um mercado de autocrescimento. Para você ter uma ideia, aqui no Brasil, é o mercado que nem no pior momento da crise deixou de crescer aqui no País", revelou Feldmann.

O executivo destacou ainda que, apenas um único produto feito com a matéria-prima fornecida pela Providência, as fraldas infantis, possui penetração de 42% no Brasil. "Não significa que 42% das crianças brasileiras usem fralda, mas essa é a intensidade de utilização. "Uma família com uma boa renda, as crianças usam de seis a oito fraldas por dia. Uma família de menor renda usa de duas a três. Conforme a população vai recebendo mais renda, os níveis de utilização vão aumentando", disse.

Feldmann citou que mercados como o chileno possuem um nível de penetração de fraldas descartáveis infantis de 66%. "Então nós temos um caminho ai bastante longo para percorrer em termos de crescimento de mercado", concluiu o CFO da Providência.

Vale destacar que os resultados da Providência no segundo trimestre de 2010 contemplam as subsidiárias Providência USA e Isofilme.

Fonte:
http://web.infomoney.com.br//templates/news/view.asp?codigo=1917551&path=/investimentos/

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